“Há algum tempo, conversando com um presbítero e
escutei bem o relato de suas dificuldades.
Ele estava meio desencantado, dizendo que o povo não o
compreendia e não correspondia ao seu esforço. E se perguntava: ‘vale a pena
tanto sacrifício e depois não ser reconhecido? Vale a pena tanto sacrifício e
não se ter o necessário para viver? o povo não acompanha nossas propostas,
nossos projetos! Realmente não sei o que fazer!’.
Tendo-o escutado, fui retomando os vários pontos e
perguntei-lhe: meu irmão, como você experimenta o amor de Jesus Cristo em você?
Você sente a cada dia que realmente foi escolhido por Deus para seguir Jesus
Cristo como ministro ordenado? O que significa, nesse momento, o ministério que
você recebeu como um dom de Deus para o serviço do seu povo? Você não tem
observado o amor e o carinho que o povo manifesta por você? Você está levando
em conta a história desse lugar onde Deus o colocou? Conhece bem os sofrimentos
e angústias das pessoas e grupos desse lugar? O que tem marcado a vida desse povo?
O que significa agora o espírito missionário?
As perguntas não seriam outras: o que Deus está me apontando
diante dessa realidade? Que sinais de Deus preciso descobrir em meio a essa
situação que é complexa? Você não estaria partindo você mesmo, daquilo que já
está elaborado e cristalizado em sua cabeça e em seu coração? Será que
não seria hora de sermos sinal da Igreja que não está estabelecida, para quem
não está tudo pronto, mas da Igreja aberta aos sinais de Deus, discípula e
missionaria?
Depois da conversa, em também me perguntei: não está, Deus,
me pedindo uma maior atenção à formação dos futuros presbíteros e sua formação
permanente e maior dinamização da experiência missionaria? ”
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