31 de janeiro de 2013

Catequese Renovada

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A catequese no Brasil vai, aos poucos, confirmando a riqueza de sua história, construída com muito esforço e determinação por pessoas apaixonadas por Jesus Cristo. Com isto a Igreja continua exercendo o pedido de Jesus, ao dizer aos apóstolos: “Ide pelo mundo evangelizando, batizando e ensinando” (cf Mt 28,19-20).

Em 2013 lembramos os 30 anos de publicação do documento “Catequese Renovada, orientações e conteúdo”, pela CNBB. Teve como objetivo dar resposta às palavras de Joao Paulo II por ocasião de sua vinda ao Brasil, 1983. No pronunciamento, em Fortaleza, o papa disse que a catequese é uma urgência.

Com esta motivação, a Conferência dos Bispos nomeou uma comissão para preparar um texto, que seria apreciado por todos os bispos do Brasil, que foi aprovado na 21ª Assembleia Geral, em 1983, identificado como “Documento da CNBB, n. 26”. Com isto a catequese passou a ser uma prioridade em todas as dioceses do país.

A estrutura do texto está dividida em 4 partes, mostrando o contexto da realidade da Igreja no Brasil, numa cultura de eminência da pós-modernidade, num tempo já de queda dos fundamentos da fé cristã. João Paulo II tinha percebido isto e, de certa forma, fez uma forte provocação pastoral em todos os bispos brasileiros.

Na I Parte, o documento faz um relato histórico da catequese, com o título: “A catequese e a comunidade na História da Igreja”. Mostra-a como iniciação à fé e vida de comunidade; como imersão na cristandade; como instrução; como educação permanente para a comunhão e participação na comunidade.

Na II Parte, mostra os princípios para uma catequese renovada. Fala da linguagem, da pedagogia, da revelação, da fé, da missionariedade, da fidelidade a Deus, da unidade, das diversas dimensões da catequese, dos métodos, da formação e missão dos catequistas e de textos e manuais de catequese.

Na III Parte, toca em “Temas fundamentais para uma catequese renovada”. Para isto, mostra a situação das pessoas, o desígnio da salvação, a verdade sobre Jesus Cristo, sobre a Igreja, sobre o homem e sobre os compromissos próprios do cristão, especialmente, seu engajamento nos diversos setores da sociedade.

Por fim, a IV Parte fala da “Comunidade catequizadora”, do itinerário catequético de uma comunidade de fé, e como formar uma comunidade que ainda não deu passos em sua vida cristã. Termina o documento dizendo que a catequese é um processo permanente e indispensável para a educação da fé cristã.

Creio que, 30 anos depois, podemos constatar a confirmação de um processo catequético como fruto de esforço concentrado em objetivos bem claros, que provocaram diversas realizações na catequese. Basta olhar para a riqueza de literatura que temos e tantos eventos realizados nos últimos tempos.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

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